novembro 01, 2004

só mais um, mas não igual

e é hoje, mais um
todos os anos acontece
uns melhores outros diferentes
sinto a tua falta, da tua voz
e da tua figura a chamar-me para jantar
sempre tu, ali à porta como quem julga
e cobra maravilhas, de mim,
aquele que nada tem e pouco dá
mas eras tu que me conhecias
eram os teus braços que me davam força
me empurravam, obrigavam
faziam ver quando os olhos queriam fechar
e apenas o irreal queriam ver
não estás aqui agora
para olhar em mim e veres alguém,
que não eu,
pois os meus olhos brilham
e reflectem no mar, a noite fria
de quem abraça o calor de viver.

e sinto noutros braços o abraço forte.