dezembro 29, 2004

"fode-me, não me perguntes, fode-me apenas"

vem, ama-me
não me perguntes nada
não queiras saber
que eu não te digo
deseja-me, pelo prazer
que te dou,
pelo prazer que me dás,
não perguntes, que não to digo
voa, sozinha, em mim
não me sintas, possui-me.
toma-me como algo
impossível de ter,
arde teu fogo em mim
como incêndio deflagrado
por entre as folhas secas
do chão pelo qual rebolamos
entre dor e paixão.
quero ouvir-te, sem medos
quero sentir o meu corpo
gemer com o teu,
culminar o ter com o ser.
no fim, pergunta-me,
talvez eu to diga.