maio 26, 2005

dark september

não passo de mais um, que passou e passa por estas ruas, pelas vidas das pessoas, d'A pessoa, sem marcar, sem deixar, sem poder, sem conseguir tocar... sou mais um entre tantos outros, que dança, escreve e sorri, mas não consegue, não fez, não teve capacidade de cativar A pessoa. Amei uma vez, com tanta força que pensei que a qualquer momento ia rebentar, ia ficar com a face deformada de tanto sorrir, o coração ia dilatar de tanto bater, o corpo ia cair de tanto tremer e amei, amei tanto que não conseguia acreditar que me amavam assim, naquela intensidade, naquela força, como que sempre nas pontas dos pés, tão lindos e perfeitos. Fizeram-me acreditar que sim e aí pensei que talvez podesse sentar-me um bocado e aproveitar esse sentimento, deixar que a paz que tanto queria e precisava me invadisse e junto com aquele amor me fizessem voar... mal me sentei e ela não estava ali..."por onde andas? será que foste e a culpa foi minha?... eu não volto a sentar-me... prometo...", olhei em volta e vi um anuncio, um cartaz, falava de uma feira, num jardim de arvore altas... entrei à sua procura e ali estava ela, linda como sempre foi e será, nuns braços que não eram os meus. O meu coração partiu-se em mil e cada pedaço em outros tantos... perdi-me no choro, na tristeza e fui o que nunca quis, disse o que nunca pensei, perdi o que nunca tive.

10 Fados:

Anonymous Anónimo cantou...

pelo menos amaste alguém...

"Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!

...ha kem n o consiga fazer...guarda os momentso bons..de certeza k tens tantos em ti...

n sei k te dizer.. ***

11:53 da manhã  
Blogger o som do vento cantou...

sabes sim... sempre soubeste... citaste algo perfeito...

3:44 da tarde  
Blogger Nessy cantou...

Como te entendo César... este texto faz-me inevitavelmente voltar aquele passado em que vivo constantemente e que infelizmente não me consigo desacorrentar. A tristeza apodera-se de mim quando reconheço que são apenas lembranças... como ele diria “boas memórias de ti”!!! O maior desafio é talvez conseguir cativar quem pensamos amar... mas como é difícil... acabamos por cativar não aqueles que amamos... mas sim aqueles que não amamos... assim não vale (penso eu)... mas afinal o que é que vale? Pronto... chegou a hora da frustração se apoderar de nós... de nos dizer que somos apenas mais um... que afinal não fomos assim tão especiais e únicos como gostaríamos de ter sido. Choro de mansinho. Estranho... reapareceu-me aquele sorriso inocente...e sabes porquê? Porque me lembrei...daquela tarde magnifica em que o sol banhava aqueles corpos que se entrelaçavam juntamente com a areia e com o mar... suspiro com saudades, mas com uma imensa alegria por ter amado e por me ter sentido amada... triste seria se nunca o tivesse sido.

Um beijinho Grande,

3:32 da tarde  
Blogger Mauro cantou...

gostava que te escrevesses uma fita como escreveste uma para mim, a ver se continuavas a achar que mereces isto.

the good memories, pra mesa 1, sff.

12:11 da manhã  
Blogger rita cantou...

Às vezes amamos com tanta intensidade, damos tanto de nós, que pensamos ter esgotado ness'A pessoa todo o sumo do nosso coração. Parece que ele seca quando ela se vai embora, parece que perdemos a capacidade de amar. Mas nunca perdemos, pois não? Nunca perdemos...
Beijinho*

11:58 da manhã  
Blogger Catarina cantou...

O amor é isso mesmo, meu caro... Lindíssimo enquanto dura, sangrento quando acaba... E dói... Oh se dói! Mas a ideia de voltar a sentir algo parecido dá-me alento...

9:20 da tarde  
Blogger Ana João cantou...

tão lindo!

8:37 da tarde  
Blogger Anita cantou...

Passei por aqui e amei cada palavra... o amor é lindo enquanto dura e dói quando acaba, mas é dele que saem as mais belas palavras... este texto é prova disso!

*Miminhus*

12:50 da manhã  
Blogger Patrícia Mota cantou...

Todos os passos que damos, errantes ou nao, nesta vida desiquilibrada que levamos, é dado com uma força que não conseguimos controlar. E por mais desviados e desnorteados que esses passos sejam, por mais que sejam feitos fora do caminho ficam lá marcados. Para os podermos seguir um dia quando quisermos voltar atras, ou só para que alguem possa ver que por ali passamos.

É marca a indiferença que fica no olhar de quem já amamos. Não aches nunca que es só mais um, um sem marca.

Se por um acaso A perdeste, ou se ela te perdeu a ti, não fiques nunca com a sensaçao que não sobrou nada. Sobras tu, ainda aqui, para quem quiser ver, para quem tiver a coragem de se sentar a teu lado, num banco qualquer, a saborear esses belos momentos da vida.

Um beijo

10:22 da tarde  
Anonymous Anónimo cantou...

nao pude ficar indiferente ao que escreveste. compreendo-o e sinto-o também.

esperança existe enquanto existir um amanhã.

Mas deixar de amar é algo que me parece mais dificil.

pois, quando se ama, ama-se para sempre. Se se deixa de amar... então não foi amor.

boa sorte

4:15 da tarde  

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