dezembro 19, 2004

um poema ao som de carlos paredes

vi-te estrela
encontrei-te a meus pés

eras estrela do mar
com cinco pontas de sal
não tinhas cor azul
o azul do céu ou do verde mar

sem luz,
frágil e fria,
branca cinza
peguei-te da maneira mais meiga
e próxima de mim chamei-te paixão

o sol escaldava
sufocava ao respirar
escutava o mar e o vento
transparente naquele calor ardente

perdi-me no tempo,
no silêncio entre mim,
a estrela e o mar

devagar a escuridão desceu inquieta
era tempo de voltar
de disfarçar calada
dores distorcidas

abracei-te de novo com meiguice
e chamei-te paixão

o ar ficou mais doce
fez-me sorrir de alegria
era urgente descobrir loucuras de emoção

em silêncio sobre ela adormeci


estrela do mar, L. Maltez