"posso comê-lo?"
a minha vida está qual novelo de fios cortados... toda enrolada numa desmedida confusão e repleta de pontas...
quero deixar de viver assim... quero ter força para lutar... mas sempre que tento agarrar um fio e segui-lo até fora deste emaranhado de vidas que é a minha, os outros prendem-me, puxam-me para dentro de mim mesmo, para junto do buraco que ficou quando ela partiu.
Por vezes sou de novo eu, aquele por quem ela se apaixonou, por quem o corpo dela tremia só de pensar. Aquele que a fazia vibrar por dentro e sorrir por fora só com o olhar. Continuo a procurar aquele sorriso em todos os lábios que tocam os meus, a suavidade da sua pele em todos os corpos que tocam o meu. Continuo a procurar a dança que era amar em tons de paixão, entre nós dois.
Por vezes sou de novo esse, aquele que se perdeu no meio de tanto querer e no medo de perder. Sou novamente quem não teme, quem quer e conquista, quem olha sem limites e não mede distâncias, não tem medo de linhas imprevistas ou olhares que soltam faíscas.
É nestas alturas que volto a cair, entro no ciclo de quem saudoso chora pela hora em que deixou de ser para passar a ter, quem parecia tirada do seu sonho de infância, qual desenho a carvão no quadro dos seus desejos.
Olham-me, querem-me, dizem-me Deus, dizem-me inacessível. Chamam-me, pedem-me, são tantos fios, são tão poucos pavios.
Sou apenas eu.
quero deixar de viver assim... quero ter força para lutar... mas sempre que tento agarrar um fio e segui-lo até fora deste emaranhado de vidas que é a minha, os outros prendem-me, puxam-me para dentro de mim mesmo, para junto do buraco que ficou quando ela partiu.
Por vezes sou de novo eu, aquele por quem ela se apaixonou, por quem o corpo dela tremia só de pensar. Aquele que a fazia vibrar por dentro e sorrir por fora só com o olhar. Continuo a procurar aquele sorriso em todos os lábios que tocam os meus, a suavidade da sua pele em todos os corpos que tocam o meu. Continuo a procurar a dança que era amar em tons de paixão, entre nós dois.
Por vezes sou de novo esse, aquele que se perdeu no meio de tanto querer e no medo de perder. Sou novamente quem não teme, quem quer e conquista, quem olha sem limites e não mede distâncias, não tem medo de linhas imprevistas ou olhares que soltam faíscas.
É nestas alturas que volto a cair, entro no ciclo de quem saudoso chora pela hora em que deixou de ser para passar a ter, quem parecia tirada do seu sonho de infância, qual desenho a carvão no quadro dos seus desejos.
Olham-me, querem-me, dizem-me Deus, dizem-me inacessível. Chamam-me, pedem-me, são tantos fios, são tão poucos pavios.
Sou apenas eu.
4 Fados:
"Não" seria um bom começo. ;)
Todos nós somos um novelo de vidas e vivências, de sentimentos e de recordações... E todos nós nos prendemos nos seus fios como uma mosca numa teia de aranha. Normalmente eu faço comentários optimistas, mas não consigo deixar de sentir uma tristeza imensa ao ler o teu texto, nem sei explicar porquê. Por isso não consigo dar-te palavras de ânimo. Somos mesmo assim: prisioneiros da nossa própria vida. Beijinho doce*
Se calhar o erro está em pensares que a tua felicidade se resumia a esse episódio da tua vida... O segredo está em perceberes que a tua individualidade existe... Que tu és gente e que és importante para muitos outros. Já viste como o sol brilha lá fora?
Talvez o problema seja o novelo k criaste dentro de ti ir dar sempre a um buraco negro..ao buraco k alguem deixou..e por mais fios k agarres e sigas...vais sempre ter ao mesmo sitio...
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