abril 16, 2006

dreaming

sentado no pequeno sofá em frente à cama, enrolado no emaranhado de almofadas que teimava em ter como suporte ao corpo cansado dos dias, escrevia. As luzes dos candeeiros novos ecoavam suavemente em tons quentes pelo quarto, reflectindo-se nas diferentes cores que o circundavam. A janela semi-aberta era por sua vez o reflexo do seu espirito, que de novo se começava a levantar, como a fénix das cinzas, do seu leito de escuridão e tentava abraçar a vida, o recomeço.
continuava a morar na mesma casa de há anos, embora repleta de novidades era fundamentada no seu mais interior espaço pelo passado que a tinha sonhado e criado. Esta decisão tinha sido esculpida pela necessidade de se manter ali, embora fosse tempo de lutar contra a estagnação a que se votou também o era de aceitar os seus pensamentos como verdades e sobre eles fazer juízos. Sorriu ao conseguir escolher as palavras certas para o que queria demonstrar, imaginando como seria quando o lessem, sabendo a cada letra, a cada compasso, o que pretendia.

Fecha os olhos e sente o suave aroma do chá maçã-canela - "Há coisas que nunca mudam"- pensa em voz alta, e o som da sua própria voz trá-lo à realidade, na qual se queria embalado pela companhia de doces palavras e ternos olhos.

3 Fados:

Blogger Mauro cantou...

Muito bem :) mas que reviravolta mano! Não te tinha visto a escrever assim..

*clap clap*

2:56 da tarde  
Blogger Rita cantou...

Um dos meus chás preferidos... Lindas palavras, transpiram uma evolução pessoal interior muito forte, muito madura.*

2:43 da tarde  
Blogger Tramp cantou...

quantas almofadas???


:)

2:33 da tarde  

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