não sou mais que uma janela
talhada em três partes divididas
em vinte e um pequenos vidros
feita à medida de uma princesa
que queria uma vista para o mundo.
não fui mais que uma protecção
pedida por quem tinha medo
e não conseguia olhar
para o mundo desconhecido
sem por detrás dela, estar.
não serei mais nada, senão uma janela
sem uso nem precisão
pois a princesa que através dela sorria
os seus vidros partiu,
para fugir da suposta prisão
pela janela imposta
mas o que esta deusa não viu
foi que a janela, esteve sempre
aberta.
escrito a 20 de Novembro de 2004