luxúria
bebo do sangue de anjos, que tentam acalmar o vazio que me consome por dentro. Sou canibal em terra de vegetarianos, deleito-me de corpos e suores, gemidos e cabelos que flutuam com o vagar do meu corpo. Tempo sem fim em luxúria sem pudores, pele contra pele, dedos que se tocam e deixam tocar, lingua que se delicia com o sabor a pecado, todos os sentidos fechados num prazer que se expõe perante mim. Olhos que procuram o seu par por entre a luz que emana das centenas de velas, acesas pelo calor da paixão, culminar de um sol que se quer continuado pela noite dentro, em formas e vontades lascivas, masoquismos...